sábado, 5 de março de 2011

Resumo do Filme: Escola da Vida

                            
           O filme é bem interessante, trata-se de uma rivalidade entre professores, em que podemos encontrar o Mr. D que é querido por todos, e tem grandes chances a conseguir o premio de professor do ano e também o senhor Warner que tem inveja dessa popularidade, em meio a desenvolver da história ele descobre algumas coisas comprometedoras a respeito do Mr. D e tenta usar isso contra ele.
           É uma história muito divertida que busca não só estar entretendo mais para aquelas pessoas que são inteligentes, trás alguns elementos para o ramo da educação, o filme é basicamente um retrato da metodologia que os professores usam.
           Esse filme nos faz refletir sobre como estar buscando meios para que possa tornar o modo de ensinar mais produtivo, o aluno ele deve guardar aquilo que aprendeu na mente não ser só um reprodutor daquilo que o professor disse para ele.
           É um filme que toda família pode assistir porque nele retrata como devemos mudar. 
           A história fala sobre a vida de um professor muito admirado em uma escola, ele consegue ser simpático e realiza todas as suas tarefas de maneira brilhante. Tantas características positivas geram a inveja de um dos seus companheiros de trabalho, que quer fazer de tudo para acabar com o prestigio do outro. Contudo, a vida dá grandes voltas e se mostra uma verdadeira escola.
          Vale a pena conferir esse filme dirigido por William Dear, muita emoção aguarda por você. O enredo é cativante e vai prender a atenção do público, sendo que muitas pessoas vão repensar suas atitudes diante da lição que o filme consegue transmitir brilhantemente.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O processo de ensino, a aprendizagem e a avaliação


O processo de ensino, a aprendizagem e a avaliação
                                                              

         
Howard Gardner  é um psicólogo cognitivo e educacional estado -unidense, é conhecido em especial pela sua teoria das inteligências múltiplas. Gardner identificou as inteligências lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, sinestésica, interpessoal e intrapessoal. Postula que essas competências intelectuais são relativamente independentes, têm sua origem e limites genéticos próprios e substratos neuroanatômicos específicos e dispõem de processos cognitivos próprios. Segundo ele, os seres humanos dispõem de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes com que elas se combinam e organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar produtos. Gardner ressalta que, embora estas inteligências sejam, até certo ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente. Embora algumas ocupações exemplifiquem uma inteligência, na maioria dos casos as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação de inteligências. Por exemplo, um cirurgião necessita da acuidade da inteligência espacial combinada com a destreza da sinestésica. A teoria das inteligências múltiplas de Gardner apresenta sete tipos de inteligências com características diferentes. A consciência da existência de vários tipos de inteligência, muitos dos quais tradicionalmente não valorizados pela escola, é importante para que os professores e educadores proporcionem experiências de aprendizagem diversificadas e adequadas aos seus educando.

                                
A teoria das intêligencias Múltiplas: Em 1900 o psicólogo francês Alfred Binet foi solicitado para que desenvolvesse uma medida de predição do sucesso escolar de crianças das primeiras séries. Desta forma surgiu o primeiro teste de inteligência. Tal teste tinha por finalidade geral diferenciar crianças retardadas e crianças normais nos mais diferentes graus. Após a I Guerra Mundial, onde o teste de Q.I. (Quociente Intelectual) foi utilizado para medir a inteligência dos soldados, tornou-se muito popular sua aplicação.
Com a popularização do teste, propagou-se a idéia de inteligência nele inserida. A inteligência seria única, estagnada, passível de ser medida quantitativamente. Segundo GARDNER (1995, p. 21), autor da teoria das Inteligências Múltiplas que veremos a seguir, segundo esta visão tradicional: "a inteligência é (...) a capacidade de responder a itens em testes de inteligência". Os testes psicométricos consideram que existe uma inteligência geral, nos quais os seres humanos diferem uns dos outros, que é denominada g. Este g pode ser medido através da análise estatística dos resultados dos testes. É importante acrescentar que tal maneira de encarar a inteligência ainda hoje está presente no senso comum e mesmo em muitas parcelas do meio científico.
Porém podemos observar que durante todo o século XX, vários psicólogos e cientistas de outras áreas do conhecimento fizeram fortes críticas aos testes de Q.I. Vygotsky, por exemplo, apontou o erro no que diz respeito aos testes de inteligência abordarem as zonas de desenvolvimento proximal de modo errado. Piaget trabalhava com tais testes, mas a sua atenção era voltada para as linhas de raciocínio das crianças, não para as respostas dadas. Estudando as respostas erradas e os raciocínios que conduziam a elas, Piaget construiu parte de sua teoria. Ao criticarem o modo como era medido a inteligência, o próprio conceito de inteligência contido em tais testes era também criticado.
Entretanto uma proposta mais revolucionária surgiu recentemente através de Howard Gardner, psicólogo e professor norte americano. GARDNER (1995, p.14) entende por inteligência "a capacidade para resolver problemas ou elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários". A novidade dentro da teoria de Gardner é considerar a inteligência como possuindo várias facetas. Tais facetas, que na verdade são talentos, capacidades e habilidades mentais; são chamadas de inteligências na teoria das Inteligências Múltiplas, como o próprio nome explicita.
Antes de discorrer a respeito da teoria e das diversas inteligências vale lembrar de um curioso incidente que aconteceu em nosso país antes de Copa do Mundo de 1958. O Brasil possuía seu primeiro psicólogo esportivo, João Carvalhaes, que atendia a seleção brasileira de futebol. O psicólogo resolveu aplicar em todos os jogadores testes de QI. Garrincha, que estava no apogeu de sua carreira, após responder os testes ficou sabendo que seu quociente intelectual era irrisório, sendo classificado como débil mental. Por este motivo quase foi impedido de participar da Copa. (MODERNELL, 1992, p. 56)
Ninguém duvida do talento que possuía este atleta quando se encontrava no meio de um gramado com a bola nos pés. Todavia, o teste psicométrico de inteligência indicava Garricha como uma pessoa sem grandes chances de ser bem sucedido em sua vida, o que não correspondeu à realidade. Fica claro que os testes de QI predizem apenas como vai ser o desempenho escolar e não o sucesso profissional depois de concluída a instrução formal.
É dentro desta perspectiva que Gardner apresenta a teoria das Inteligências Múltiplas (IM). Os testes de QI medem apenas as capacidades lógica e lingüística, capacidades que normalmente são as únicas exigidas e avaliadas pelas escolas e, sem dúvida, as capacidades mais valorizadas em nossa sociedade. Gardner pretende considerar também as outras capacidades, as outras "inteligências" menos lembradas, para analisá-las em sua teoria.
Para selecionar quais as inteligências que seriam trabalhadas em sua teoria foram utilizadas diversas fontes: as informações disponíveis sobre o desenvolvimento normal e o desenvolvimento do indivíduo talentoso; estudos sobre populações prodígios, idiotas sábios, crianças autistas, crianças com dificuldade de aprendizagem; dados sobre a evolução da cognição; considerações culturais comparadas sobre a cognição; estudos psicométricos; estudos de treinamento psicológico e principalmente análise da perda das capacidades cognitivas nas condições de lesão cerebral. Foram consideradas inteligências genuínas apenas as inteligências candidatas que satisfaziam todos ou, pelo menos, a maioria dos critérios acima. Além disso cada inteligência deveria ter uma operação nuclear ou um conjunto de operações identificáveis e deveria também ser capaz de ser codificada em um sistema de símbolos. (GARDNER, 1995, p. 21-22)
Deste modo, foram selecionadas sete inteligências em particular: lógico-matemática, lingüística, musical, corporal-cinestésica, espacial, interpessoal e intrapessoal. Cada uma delas será analisada separadamente.
    
                                                                
          Inteligência lingüística - Os componentes centrais da inteligência lingüística são uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, além de uma especial percepção das diferentes funções da linguagem. É a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias. Gardner indica que é a habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas. Em crianças, esta habilidade se manifesta através da capacidade para contar histórias originais ou para relatar, com precisão, experiências vividas. Características: Está relacionada com o uso da linguagem. Os estudantes com este tipo de inteligência têm muita sensibilidade para os sentidos das palavras e para a sua manipulação. Manifestam gosto pela leitura e pela escrita. Comunicam bem, oralmente e por escrito. São eficazes na ligação das idéias e têm facilidade na sua transmissão. Pensam utilizando palavras. A inteligência lingüística é manifestada no uso da linguagem (seja ela escrita, falada ou através de outro meio), no significado das palavras; pela capacidade de seguir regras gramaticais e usar a linguagem para convencer, estimular, transmitir informações ou simplesmente agradar. Ainda é responsável por todas as complexas possibilidades lingüísticas, entre elas, a poesia, as metáforas, o raciocínio abstrato e o pensamento simbólico.
São duas as principais áreas corticais responsáveis pela linguagem. A área de Werneck (lobo temporal do hemisfério esquerdo) é responsável pelo entendimento da linguagem e a organização das palavras. A área de Broca (giro pós-central do hemisfério esquerdo) cuida da articulação da fala, da produção da linguagem expressiva. Ainda contribuem para a linguagem a região têm por responsável pela organização gramatical e o hemisfério direito para criar o ritmo, entonação e fluxo da fala. (SPRINGER; DEUTSCH, 1993. p. 184-186).
Nos poetas, teatrólogos, escritores, novelistas, oradores e comediantes podem encontrar a inteligência lingüística bem desenvolvida.

                                       
                              

          Inteligência musical - Esta inteligência se manifesta através de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical. Inclui discriminação de sons, habilidade para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e habilidade para produzir e/ou reproduzir música. A criança pequena com habilidade musical especial percebe desde cedo diferentes sons no seu ambiente e, freqüentemente, canta para si mesma. Características: Os jovens com inteligência musical gostam de estar rodeados de som. Gostam de estudar com música. Ouvem muita música e aprendem facilmente canções e ritmos. No seu pensamento surgem muitas vezes ritmos e melodias. Possivelmente cantam com freqüência e/ou tocam/querem aprender a tocar um instrumento. Poderão também gostar de assobiar e de cantarolar. Gostam mais de contar histórias do que de lê-las. Podem gostar de marcar ritmos com o corpo, por exemplo, com o pé, ou batendo com um lápis ou uma caneta. Esta inteligência baseia-se no reconhecimento de padrões tonais (incluindo sons do ambiente) e numa sensibilidade para ritmos e batidas. Inclui também capacidades para o manuseio avançado de instrumentos musicais.
Não podemos separar para as inteligências musicais determinadas áreas corticais como fizemos para a inteligência lingüística. Mas sabemos que o hemisfério direito, principalmente o lobo temporal, é o encarregado da audição e da criação musical. Uma lesão maciça neste hemisfério pode levar a uma amasia: o lesionado não consegue perceber combinações rítmicas ou até mesmo entonações de voz. (LURIA, 1981, p. 112)
É destaque dos músicos, cantores, compositores e maestros.
                                          
                                           
          Inteligência interpessoal - Esta inteligência pode ser descrita como uma habilidade pare entender e responder adequadamente a humores, temperamentos motivações e desejos de outras pessoas. Ela é bem mais apreciada na observação de psicoterapeutas, professores, políticos e vendedores bem sucedidos. Na sua forma mais primitiva, a inteligência interpessoal se manifesta em crianças pequenas como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma mais avançada, como a habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a partir dessa percepção. Crianças especialmente dotadas demonstram muito cedo uma habilidade para liderar outras crianças, uma vez que são extremamente sensíveis às necessidades e sentimentos de outros. Características: A competência básica fundamental deste tipo de inteligência é o talento para compreender os outros, pelo que as pessoas com esta inteligência desenvolvida têm grande facilidade em estabelecer empatia. Relacionam-se, interagem e trabalham bem com outros indivíduos, tendo facilidade em motivá-los a persistir na busca dos objetivos comuns. Conseguem compreender e interpretar os sentimentos, as motivações e as intenções dos outros. Interagem de forma eficaz, mobilizando competências variadas, particularmente no âmbito da comunicação verbal e não verbal. São também eficazes na gestão de conflitos. Gostam de conviver e fazem amigos facilmente. Têm mais proveito quando estudam em grupo, podendo aí trocar idéias com outros colegas e dar e receber apoio mútuo. Não apreciam trabalhar sozinhas. Esta inteligência opera, primeiramente, baseada no relacionamento interpessoal e na comunicação. Envolve a habilidade de trabalhar cooperativamente com outros num grupo e a habilidade de comunicação verbal e não-verbal. Constrói a capacidade de perceber, por exemplo, alterações de humor, temperamento, motivações e intenções de outras pessoas. Em sua forma mais avançada a pessoa consegue ler, mesmo que os outros tentem esconder, os desejos e intenções, podendo ter empatia por suas sensações, medos e crenças.
"Todos os indícios na pesquisa do cérebro sugerem que os lobos frontais desempenham um papel importante no conhecimento interpessoal. Um dano nessa área pode provocar profundas mudanças de personalidade, ao mesmo tempo em que não altera outras formas de resolução de problemas - a pessoa geralmente não é a mesma' depois de um dano desses." (GARDNER, 1995, p.27)
A inteligência interpessoal é desenvolvida nos professores, terapeutas, políticos e líderes religiosos.

                                             

         Inteligência lógico-matemática - Os componentes centrais desta inteligência são descritos por Gardner como uma sensibilidade para padrões, ordem e sistematização. É a habilidade para explorar relações, categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada; é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. É a inteligência característica de matemáticos e cientistas Gardner, porém, explica que, embora o talento cientifique e o talento matemático possa estar presentes num mesmo indivíduo, os motivos que movem as ações dos cientistas e dos matemáticos não são os mesmos. Enquanto os matemáticos desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A criança com especial aptidão nesta inteligência demonstra facilidade para contar e fazer cálculos matemáticos e para criar notações práticas de seu raciocínio. Características: Números e raciocínio lógico são algo que agrada particularmente a quem possui uma inteligência lógico-matemática desenvolvida. São pessoas caracterizadas pelo gosto e pela competência na interpretação e na categorização dos fatos e da informação, no cálculo, no raciocínio lógico e na busca de explicação para tudo. Sentem-se desafiadas perante problemas envolvendo raciocínio, que procuram resolver de forma metódica e persistente. Divertem-se a resolver os "quebra-cabeças" das revistas e dos jovens. Como o próprio nome indica, a inteligência lógico-matemática é a capacidade lógica e matemática, assim como a capacidade de raciocínio científico ou indutivo, embora processos de pensamento dedutivo também estejam envolvidos. Esta inteligência envolve a capacidade de reconhecer padrões, de trabalhar com símbolos abstratos (como números e formas geométricas) assim como discernir relacionamentos ou então ver conexões entre peças separadas ou distintas. Relaciona-se, também, à capacidade de manejar habilmente longas cadeias de raciocínio, elaborar perguntas que ninguém fez conceber problemas e levá-los a diante. Juntamente com a linguagem, é a principal base para os testes de QI. O desenvolvimento de tal inteligência foi o grande objeto de estudo de Jean Piaget.
Tal inteligência possui uma natureza não-verbal, de modo que a solução de um problema pode ser construída antes de ser articulada. Alguns idiotas sábios realizam grandes façanhas de cálculo sem sequer saberem comunicarem-se ou até mesmo realizar simples operações de adição ou subtração. Como dois gêmeos relatados por SACKS (1997, p.217) que apenas vêem a resposta do problema: "Uma data é mencionada e, quase instantaneamente, eles informam em que dia da semana ela cairá. (...) Eles também podem dizer a data da Páscoa durante o mesmo período de 80 mil anos." Enquanto tais gêmeos são tragicamente deficientes em diversas áreas, conseguiram realizar um algoritmo para a data da Páscoa que até mesmo o grande matemático Gauss teve uma enorme dificuldade para descobrir. Possuem uma inteligência lógico-matemática extremamente desenvolvida.
A região do córtex responsável pelo cálculo matemático em si e, provavelmente, pela inteligência lógico-matemática situa-se na região têm por do hemisfério esquerdo. (LURIA, 1981, p. 25)
Está presente nos cientistas, programadores de computadores, contadores, advogados, banqueiros e matemáticos.
                                     
                           
                           

         Inteligência intrapessoal - Esta inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e idéias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprias, a capacidade para formular uma imagem precisa de si própria e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta inteligência é a mais pessoal de todas, ela só é observável através dos sistemas simbólicos das outras inteligências, ou seja, através de manifestações lingüísticas, musicais ou sinestésicas. Características: A característica principal deste tipo de inteligência é a facilidade de quem a possui em compreender e identificar as suas próprias emoções e em lidar com elas de forma adequada às várias situações e aos seus objetivos pessoais. Implica a necessidade de refletir e de auto-avaliar. As pessoas conhecem os seus pontos fracos e os fortes e conseguem definir objetivos e desafios adequados, não alimentando expectativas irrealistas. Vêem o sucesso como resultado do seu esforço, do seu trabalho consciente e planificado e da sua persistência. Estudantes caracterizados por este tipo de inteligência responsabilizam-se pela sua própria aprendizagem, auto-regulando o seu estudo.  Gostam de estudar sozinhos. Esta outra inteligência pessoal está relacionada aos estados interiores do ser, à auto-reflexão, à metacognição (reflexão sobre o refletir) e à sensibilidade perante as realidades espirituais. Podemos dizer que é a capacidade de formar um conceito verídico sobre si mesmo, pois envolve o conhecimento dos aspectos internos de cada um, como o conhecimento dos sentimentos, a intensidade das respostas emocionais, a auto-reflexão e um senso de intuição avançado.
"Assim como na inteligência interpessoal, os lobos frontais desempenham um papel central na mudança de personalidade. Um dano na área inferior dos lobos frontais provavelmente produzirá irritabilidade ou euforia, ao passo que um dano nas regiões mais altas provavelmente produzirá indiferença, desatenção, lentidão e apatia - um tipo de personalidade depressiva". (GARDNER, 1995, p. 28)
Um bom desempenho da inteligência intrapessoal pode ser encontrado em filósofos, conselheiros espirituais, psicólogos e pesquisadores de padrões de cognição.
                                   
                                                                                                              
         Inteligência corporal-sinestésica - Esta inteligência se refere à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. É a habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes cênicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com destreza. A criança especialmente dotada na inteligência corporal-sinestésica se move com graça e expressão a partir de estímulos musicais ou verbais demonstra uma grande habilidade atlética ou uma coordenação fina apurada. A inteligência corporal-cinestésica está relacionada com o movimento físico e com o conhecimento do corpo. É a habilidade de usar o corpo para expressar uma emoção (dança e linguagem corporal) ou praticar um esporte, por exemplo. Garrincha, reprovado no teste de QI, provavelmente apresentaria um ótimo desempenho nesta inteligência se esta fosse submetida a um teste psicrométrico.
"O controle do movimento corporal está, evidentemente, localizado no córtex motor, com cada hemisfério dominante ou controlador dos movimentos corporais no lado contralateral." (GARDNER, 1995, p. 23) Porém é possível acrescentar outras áreas corticais também importantes para a realização do movimento que Gardner deixa de lado. Uma delas é o giro pós-central, onde está localizado o Homúnculo de Penfield sensitivo. É uma representação somatotrópica: cada ponto sensitivo do corpo tem uma representação nesta parte do córtex. Por exemplo, a mão, que possui muitos receptores sensitivos, possui uma representação grande no córtex enquanto que o pé, com menos receptores, possui uma área menor. (MACHADO, 1981, p. 219) Deste modo, esta área cortical tem como função sentir, perceber o corpo para que o movimento possa ser harmônico. Outra área importante é o córtex pré-motor, que integra os impulsos motores no tempo, permitindo a criação de movimentos habilidosos, suaves e finos. (LÚRIA, 1981, p. 154)
A inteligência corporal-cinestésica pode ser mais bem observada em atores, atletas, mímicos, artistas circenses e dançarinos profissionais.
                                      
                      
        Inteligência espacial - Gardner descreve a inteligência espacial como a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criarem tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou espacial. É a inteligência dos artistas plásticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em crianças pequenas, o potencial especial nessa inteligência é percebido através da habilidade para quebra-cabeças e outros jogos espaciais e a atenção a detalhes visuais. A inteligência espacial é a capacidade de formar modelos mentais (imagens) e operar com tais imagens. A imagem não é necessariamente visual, pode ser construída uma imagem tátil, por exemplo, que é o que geralmente faz uma pessoa cega ao tatear objetos. Esta inteligência lida com atividades como as artes visuais, a navegação, a criação de mapas e a arquitetura.
Enquanto o hemisfério esquerdo do cérebro tornou-se mais lingüístico durante a evolução, o hemisfério direito especializou-se no processamento espacial. A principal área cortical que controle toda esta questão espacial é a região têm por. Uma lesão em tal área impede que o lesionado consiga interpretar os ponteiros de um relógio, encontrar sua posição em um mapa ou então orientar-se dentro de espaços fechados. Fica claro o quanto esta a região têm por é importante para uma inteligência espacial. (LURIA, 1981, p.24)
Engenheiros, escultores, cirurgiões plásticos, artistas gráficos e arquitetos dependem desta inteligência para atuarem com êxito.
                                          
                                                                                                          
        Inteligência Espiritual - é a capacidade de ser flexível; grau elevado de autoconhecimento; capacidade de enfrentar a dor; capacidade de aprender com o sofrimento; capacidade de se inspirar a partir de conceitos e valores; relutância em causar mal aos outros; capacidade para ver conexões entre realidades distintas; tendência para se questionar sobre suas ações e seus desejos; capacidade de ir de encontro as convenções sociais e culturais. 
            A fé cristã é inteligente e a inteligência humana tem uma dimensão espiritual que precisa ser vivificada por Jesus Cristo, orientada e alimentada pela Revelação bíblica. Como cristãos temos uma vocação, um desafio e um propósito: “possuir a mente de Cristo” para as gerações do século XXI.
Pois, quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo. (1 Co 2:16)
                                    
                                             
        Inteligência Naturalista - é capaz de identificar e classificar padrões na natureza. Essa inteligência, como todas as outras, tem sua origem no instinto de sobrevivência. Se realmente o homem fosse segundo a teoria da evolução, o homem pré-histórico dependia de desse tipo de percepção para identificar a flora e a fauna que podia ou não ser comida. Hoje, essa percepção nos permite interagir com o ambiente e entender o papel que ele desempenha em nossa vida. Quem possui inteligência naturalista é capaz de identificar e classificar padrões na natureza. Essa inteligência – como todas as outras, tem sua origem no instinto de sobrevivência. Se realmente o homem fosse segundo a teoria da evolução, o homem pré-histórico dependia de desse tipo de percepção para identificar a flora e a fauna que podia ou não ser comida. Hoje, essa percepção nos permite interagir com o ambiente e entender o papel que ele desempenha em nossa vida. O naturalista Charles Darwin foi um pouco além: ao propor as bases da moderna teoria da evolução das espécies e do príncipio da seleção natural como seu mecanismo, ele revolucionou a forma como os ser humano vê a si próprio. Antes, era uma criação divina. Depois de Darwin, o homem encontrou seu lugar, apesar de que creio que isso foi apenas para confundir a humanidade, mais voltando ao assunto, sengudo Darwin, o homem encontrou seu lugar como um elo na cadeia evolutiva, cujas regras valem para todas as criaturas vivas. Ele formulou sua teoria após retornar de uma viagem ao redor do mundo, durante a qual coletou uma enormidade de espécies. Mas demorou duas décadas para publicar A origem das Espécies, o livro que mudou a sociedade e pensamentos modernos. O que é a inteligência naturalista?
                                       

Critérios de Gardner para Inteligência
1. Isolamento potencial por dano cerebral. .
2. Experiência de deficientes mentais cultos, prodígios e outros indivíduos excepcionais.
3. Um conjunto central de operações identificável - tipos básicos de operações de processamento de informações ou mecanismos que lidam com um tipo específico de formação recebida.
4. Uma história de desenvolvimento distinta, junto com um conjunto de performances de "estado final".
5. Uma história evolucionária e uma plausibilidade evolucionária.
6. Apoio de tarefas experimentais e psicológicas.
7. Apoio de recomendações psicométricas.
8. Suscetibilidade para orientar-se a partir de um sistema de símbolos


HOWARD GARDNER: Essa oitava inteligência se refere à habilidade humana de reconhecer objetos na natureza. Em outras palavras, trata-se da capacidade de distinguir plantas, animais, rochas. É fácil perceber que isso é indispensável para a sobrevivência no ambiente natural. Já se sabe que áreas específicas do cérebro entram em ação quando precisamos nos valer dessa habilidade. Botânicos e pessoas que trabalham no campo, por exemplo, precisam explorar a inteligência naturalista para dar conta de suas atividades. Podemos ainda citar o criador da Teoria da Evolução, Charles Darwin, como alguém que possuía a inteligência naturalista em nível muito elevado. E não se pode esquecer de que ela é vital para as sociedades que ainda hoje dependem exclusivamente da natureza, como alguns índios da floresta amazônica.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Que vergonha! Vejam o que desmotiva a seguir a carreira de professor!


Vamos repassar!...

  "No  futebol, o Brasil ficou entre os 8 melhores do  mundo e todos estão tristes. 
 Na  educação é o 85º e ninguém  reclama..."      EU  APOIO ESTA TROCA
   
   TROQUE  01 PARLAMENTAR POR 344  PROFESSORES 

O  salário de 344 professores que ensinam  =  ao  de 1 parlamentar que rouba

  
   Essa  é uma campanha que  vale a pena! 
 
  
Repasso  com solidária revolta! 
Prezado  amigo!
Sou  professor de Física, de ensino médio de uma  escola pública em uma cidade do interior da  Bahia e gostaria de expor a você o  meu  salário bruto mensal:  R$650,00 
 
 Eu  fico com vergonha até de dizer, mas meu salário  é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais  que outros colegas de profissão que não possuem  um curso superior como eu e recebem minguados  R$440,00. Será que alguém acha que, com um  salário assim, a rede de ensino poderá contar  com professores competentes e dispostos a  ensinar? Não querendo generalizar, pois ainda  existem bons professores lecionando, atualmente  a regra é essa: O professor faz de conta que dá  aula, o aluno faz de conta que aprende, o  Governo faz de conta que paga e a escola aprova  o aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura  verdade! Sinceramente, eu leciono porque sou um  idealista e atualmente vejo a profissão como um  trabalho social. Mas nessa semana, o soco que  tomei na boca do estomago do meu idealismo foi  duro!
Descobri que um  parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2  milhões por ano...  São os parlamentares mais caros do mundo. O  minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte  R$11.545.
Na  Itália, são gastos com parlamentares R$3,9  milhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões,  na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850  mil e na vizinha Argentina  R$1,3 milhões.

Trocando  em miúdos, um parlamentar custa ao país, por  baixo, 688 professores com curso superior  !

Diante  dos fatos, gostaria muito, amigo, que você  divulgasse minha campanha, na qual o lema  será:
'TROQUE  UM PARLAMENTAR POR 344  PROFESSORES'.

Repassar esta mensagem é  uma obrigação, é sinal de patriotismo, pois a vergonha que  atualmente impera em nossa política  está desmotivando o nosso povo e arruinando o nosso querido Brasil.
É o mínimo que  nós, patriotas, podemos fazer.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O que é Educação de Qualidade?

O que é Educação de Qualidade?
Educadores também salvam vidas
          Se tivesse que sintetizar e responder em poucas linhas a questão‑título deste texto, não teria dúvidas, diria que educação de qualidade é aquela que garante ao cidadão acesso, compreensão e uso das possibilidades a ele concedidas pelo conhecimento, de forma crítica, cidadã, ética e fraterna.
          Nesse sentido, creio ser de grande valia analisar alguns dos termos‑chave desta síntese, a principiar pela própria expressão “educação de qualidade”, que pode ser entendida, para início de conversa, como redundante, apesar de bastante necessária. O acréscimo do vocábulo “qualidade”, definido no dicionário Aurélio como sendo a “propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas, que as distingue das outras e lhes determina a natureza” ou ainda como aquilo que define padrões de “superioridade, excelência” para alguém ou algo deveria ser inerente, ou seja, entendido como característica presente ou, no mínimo, almejada para a educação.
          Não é isso o que acontece. Quando falamos simplesmente de “educação” não agregamos a este conceito, a princípio, como dado permanente e presente, ou ao menos esperado, a ideia de prática virtuosa, superior. Ou seja, Educação e Qualidade não são palavras que entendemos como irmãs, emparceiradas e unidas de forma indissolúvel. Ao menos não até o momento. Por isso utilizamos como distintivo a expressão “educação de qualidade”. Há, portanto, em nosso horizonte, “educação” e “educação de qualidade”.
          O que esperamos é que isso venha a acontecer, de tal modo que, ao falarmos em educação num futuro indefinido, que esperamos próximo, já concebamos tal ação ou área de atuação como sendo de “qualidade”, ou seja, de alto nível.
          Indo um pouco além na definição inicialmente apresentada, daria enlevo à ideia de que a educação deve “garantir” ao cidadão acesso, compreensão e uso do conhecimento. Não vivemos num país em que as garantias sejam culturalmente significativas, a não ser que nosso direito de consumidores seja diretamente afetado pelo mau funcionamento de um televisor ou de um computador, por exemplo.
          A garantia de uma educação que ofereça possibilidades reais de progresso dentro do contexto social, econômico e político em que vivemos, a todo e qualquer cidadão, não deveria ser apenas um belo discurso apregoado em nossas leis. O não cumprimento deste preceito constitucional deveria resultar em penalidades a todas as pessoas que, responsáveis por essa ação, não proporcionarem reais possibilidades a seus alunos de atingirem metas e resultados que comprovadamente garantam a eles o esperado sucesso educacional.
          E o que queremos dizer com “sucesso educacional”? Altivez, voz ativa, capacidade e ensejo à participação, condição de avaliar criticamente as variáveis do mundo em que vive, compreensão dos códigos e normas que regem a vida em sociedade, respeito pelo próximo, mobilização em favor de valores universais [como a paz e solidariedade] e capacidade de empreender, de realizar, são atributos esperados para que possamos atestar tal sucesso.
          Mas estes resultados acontecem ao longo de toda a vida, cabendo a escola papéis aparentemente “menores” nesta jornada rumo ao cidadão consciente, integrado, participativo e solidário mencionado como aquele que atinge o sucesso educacional. Às escolas competem ações mais objetivas e claras como a alfabetização e o letramento, o estímulo e a prática da leitura, a compreensão e uso da linguagem matemática, o acesso a línguas estrangeiras, o ensejo e apreciação das artes, o entendimento do mundo e da humanidade a partir das ciências humanas, o incentivo à prática desportiva...
          E é justamente neste ponto que reside a necessidade de virar a mesa e compreender que, todas estas ações empreendidas pela escola, em parceria com a família e a sociedade como um todo, ungida e promovida pelas forças políticas que comandam o país [independentemente de bandeiras políticas], constituem o alicerce fundamental para a consecução da educação de qualidade, aquela que concretiza o sucesso educacional.
          Cada ação educacional, realizada da forma mais competente, profissional e plena possível tem a capacidade de consolidar nos estudantes mais e melhores possibilidades de êxito em suas vidas. E mais, o entrelaçamento de todas as ações e práticas realizadas ao longo da vida escolar de uma criança é capaz de definir aonde ela poderá chegar, ou seja, se será um técnico especializado, um médico a salvar vidas, um professor competente ou se irá purgar em sua existência terrena, subempregado ou desempregado, mendigando pelas ruas, vivendo em barracos ou embaixo da ponte...
          Costumo ressaltar que assim como os médicos, também os professores [e todos os outros profissionais, cada qual no seu ínterim, em sua área de atuação] são capazes de salvar vidas. Se ao médico compete realizar tal ato de forma mais palpável e visualizável aos nossos olhos, no caso dos educadores, a educação qualificada pode significar melhores empregos, participação política, compreensão das leis, capacidade de manifestação...
          Indo um pouco além das garantias e dos resultados proporcionáveis pela educação de qualidade, devemos também refletir quanto ao uso do termo “cidadão” surgido na afirmação inicial que embasa este texto. Não é possível crer como sendo “cidadãos” nossos conterrâneos brasileiros que não tem acesso garantido a um sistema educacional que lhes garanta autonomia e condições de igualdade na luta por uma vida mais digna. Cidadania encerra, enquanto conceito, a compreensão de que para seu pleno exercício devam existir algumas prerrogativas básicas, entre as quais, certamente, a educação [de qualidade] “puxa a fila”.
          Cidadão, de acordo com o Dicionário Aurélio, é o “indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado”. Como alguém pode usufruir dos direitos e cumprir com os deveres estabelecidos por qualquer Estado estabelecido de acordo com prerrogativas democráticas se é alijado logo de princípio por não ter acesso ou não dispor de educação que lhe conceda os quesitos mínimos para o exercício de suas responsabilidades e gozo de seus direitos?
          O mínimo que se pode dizer é que vivemos paradoxos como o da cidadania que é concedida por lei, mas incompreendida por quem a ela deveria ter acesso por incapacidade para o exercício da leitura... Ou ainda que tenha o poder de ditar os rumos políticos do país através do voto, os brasileiros na realidade não decidem por não estarem aptos a entender com a devida profundidade quem são os candidatos, os partidos, as plataformas ou mesmo quais as funções de cada cargo eletivo...
          De qualquer forma, ainda que compreendamos tudo aquilo que já foi debatido nestas linhas [e isto nos torna privilegiados num país em que ainda existe expressivo contingente de pessoas que não tem acesso ou capacidade de compreensão para tal], cabe finalizar o presente artigo destacando que ao cidadão brasileiro [ou de qualquer nacionalidade] deve ser dado e executado o direito de acesso, compreensão e uso do conhecimento humano.
          Neste sentido precisamos de escolas que não apenas “reproduzam” e despejem conhecimento livresco sobre nossos estudantes. Promover o pensamento, a prática científica voltada para a aplicação em prol da sociedade, a capacidade de participação, o ensejo as artes e aos esportes não apenas como discurso ou como “objetivo” que consta dos planejamentos anuais é algo a se realizar. As escolas precisam ir além do acesso ao conhecimento, promovendo de forma clara e consistente também a compreensão e, em especial, a utilização destes saberes em suas vidas.
          Agora, é preciso igualmente forçar a leitura até o final da definição apresentada quanto à “educação de qualidade” para que não nos esqueçamos que o acesso, a compreensão e o uso do conhecimento devem ser sempre guiados por conceitos de fraternidade, justiça, lealdade, criticidade, ética e cidadania. Só assim teremos, de fato, atingido o almejado sucesso educacional. Apenas contando com estas bases como o apoio à aplicação dos saberes acessados e em utilização é que poderemos ter certeza que atingimos, de fato, a educação que cremos ser de qualidade...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O processo de ensino, a aprendizagem e a avaliação

O processo de ensino, a aprendizagem e a avaliação
Howard Gardner  é um psicólogo cognitivo e educacional estado-unidense, é conhecido em especial pela sua teoria das inteligências múltiplas.                                                                    

Inteligência lingüística - Os componentes centrais da inteligência lingüística são uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, além de uma especial percepção das diferentes funções da linguagem. É a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias. Gardner indica que é a habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas. Em crianças, esta habilidade se manifesta através da capacidade para contar histórias originais ou para relatar, com precisão, experiências vividas. 


Inteligência musical - Esta inteligência se manifesta através de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical. Inclui discriminação de sons, habilidade para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e habilidade para produzir e/ou reproduzir música. A criança pequena com habilidade musical especial percebe desde cedo diferentes sons no seu ambiente e, freqüentemente, canta para si mesma.

Inteligência interpessoal - Esta inteligência pode ser descrita como uma habilidade pare entender e responder adequadamente a humores, temperamentos motivações e desejos de outras pessoas. Ela é melhor apreciada na observação de psicoterapeutas, professores, políticos e vendedores bem sucedidos. Na sua forma mais primitiva, a inteligência interpessoal se manifesta em crianças pequenas como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma mais avançada, como a habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a partir dessa percepção. Crianças especialmente dotadas demonstram muito cedo uma habilidade para liderar outras crianças, uma vez que são extremamente sensíveis às necessidades e sentimentos de outros.
                          

Inteligência lógico-matemática - Os componentes centrais desta inteligência são descritos por Gardner como uma sensibilidade para padrões, ordem e sistematização. É a habilidade para explorar relações, categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada; é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. É a inteligência característica de matemáticos e cientistas Gardner, porém, explica que, embora o talento cientifico e o talento matemático possam estar presentes num mesmo indivíduo, os motivos que movem as ações dos cientistas e dos matemáticos não são os mesmos. Enquanto os matemáticos desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A criança com especial aptidão nesta inteligência demonstra facilidade para contar e fazer cálculos matemáticos e para criar notações práticas de seu raciocínio.                                                                     

Inteligência intrapessoal - Esta inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e idéias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprias, a capacidade para formular uma imagem precisa de si própria e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta inteligência é a mais pessoal de todas, ela só é observável através dos sistemas simbólicos das outras inteligências, ou seja, através de manifestações lingüísticas, musicais ou sinestésicas.                                                                                                                    
Inteligência corporal-sinestésica - Esta inteligência se refere à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. É a habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes cênicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com destreza. A criança especialmente dotada na inteligência corporal-sinestésica se move com graça e expressão a partir de estímulos musicais ou verbais demonstra uma grande habilidade atlética ou uma coordenação fina apurada.                                                                                                                        

Inteligência espacial - Gardner descreve a inteligência espacial como a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou espacial. É a inteligência dos artistas plásticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em crianças pequenas, o potencial especial nessa inteligência é percebido através da habilidade para quebra-cabeças e outros jogos espaciais e a atenção a detalhes visuais.                                                                                                                        
Inteligência Espiritual - é a capacidade de ser flexível; grau elevado de auto-conhecimento; capacidade de enfrentar a dor; capacidade de aprender com o sofrimento; capacidade de se inspirar a partir de conceitos e valores; relutância em causar mal aos outros; capacidade para ver conexões entre realidades distintas; tendência para se questionar sobre suas ações e seus desejos; capacidade de ir de encontro as convenções sociais e culturais.             

Inteligência Naturalista - é capaz de identificar e classificar padrões na natureza. Essa inteligência, como todas as outras, tem sua origem no instinto de sobrevivência. Se realmente o homem fosse segundo a teoria da evolução, o homem pré-histórico dependia de desse tipo de percepção para identificar a flora e a fauna que podia ou não ser comida. Hoje, essa percepção nos permite interagir com o ambiente e entender o papel que ele desempenha em nossa vida.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Desafios da Educação Infantil

Desafios da Educação Infantil



Cezar Miola, Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado do RS


As Constituições do Estado e da República, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, dentre outras normas, reservaram atenção especial à educação infantil. Contudo, a realidade ainda preocupa, eis que unicamente 46,87% das crianças brasileiras na faixa de 4 a 6 anos estão na pré-escola e apenas 8,26% daquelas com até 3 anos são atendidas em creches. Já o Plano Nacional de Educação estabelece que até 2006 o objetivo é beneficiar "30% das crianças de 0 a 3 anos e 60% das de 4 a 6 anos".

Com relação ao RS, estudo realizado pelos Auditores do TCE Hilário Royer e Maria da Glória Deon identifica 189 dos nossos municípios entre os 500 primeiros no país em nível de alfabetização. No tocante à educação infantil o cenário é outro: dos 500 municípios brasileiros com melhores indicadores na educação infantil, somente 18 são gaúchos. Dados de 2001 revelam que, no RS, a Taxa de Atendimento à Educação Infantil é de 21,04% (abaixo da média nacional de 25,15%), enquanto o Estado melhor posicionado apresenta 34,08%. Assim, as políticas governamentais a serem executadas nessa área certamente haverão de tomar em conta esse quadro.

Pedagogos, psicólogos e estudiosos da matéria têm destacado a importância da educação oferecida até os seis anos, a justificar a atuação do poder público na sua ampla e qualificada oferta, através de estabelecimentos adequados e profissionais aptos ao desenvolvimento das diferentes ações educativas, e não unicamente assistenciais, como muitas vezes se verifica.

Os repetidos exemplos da importância do FUNDEF para o ensino fundamental também trazem à tona a questão do financiamento para essa área. Não seria o tempo de se acrescentar um "i" àquela sigla, a partir de regras e critérios amplamente discutidos e avaliados, para se contemplar nesse Fundo (ou mesmo em outro) também a educação infantil?

Sem dúvida, há muito por fazer, o que certamente constitui um desafio também ao controle externo, não apenas no exame quanto à legalidade, mas também sob a ótica da eficiência e da eficácia da gestão pública quanto ao tema em foco.